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Como os Sistemas de Gestão podem auxiliar a sua empresa com o Coronavírus?

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Na crise de 2008, enquanto o mercado demonstrava elevada aversão ao risco, Warren Buffet analisou racionalmente o contexto e enxergou oportunidades elevando seu patrimônio em R$10bi, 5 anos depois. (valores de out/2013) – fonte: https://exame.abril.com.br/mercados/como-warren-buffett-transformou-a-crise-de-2008-em-us-10-bi/.

Hoje, passamos por uma situação igualmente impactante no Contexto das Organizações: o Coronavírus, que afetou drasticamente o cotidiano das pessoas e empresas, bem como hábitos de consumo, ofertas e demandas.

Analisando a ISO9001:2015, que aborda de forma mais clara a questão da abordagem de processos e introduziu nas demais normas de Sistemas de Gestão ISO a questão da mentalidade de risco de forma mais direta, observamos que é um requisito que os Riscos e Oportunidades (item 6.1) sejam desdobrados nos processos (item 4.4) a partir da análise do Contexto da Organização (item 4.1) e das Partes Interessadas (4.2).

Nas normas ISO14001:2015 e ISO45001:2018, para a determinação de Riscos e Oportunidades, além dos dados de entrada da ISO9001:2015, aspectos ambientais (ver 6.1.2), requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3), perigos (6.1.2.1), riscos e oportunidade de SSO (6.1.2.2 e 6.1.2.3) também devem ser levados em consideração.

Epidemias e doenças infectocontagiosas não são novidade em nosso país: dengue, febre amarela, AIDS, H1N1, ainda assim, raramente são consideradas em análises de risco das organizações. E de que forma poderiam ser consideradas? Vamos imaginar uma organização que estabelece como medidas de controles do perigo do COVID-19, o qual tem como risco de SSO atrelado a pandemia/epidemia e consecutiva contaminação de funcionários, a adoção temporária de home office, cancelamento de viagens e outros eventos. Se bem geridas tais mudanças (item 6.3), podem funcionar muito bem para proteger as pessoas e até reduzir o consumo de recursos hídricos e elétricos da organização e reduzir a emissão de CO2. Porém existe o risco de redução do faturamento, perder o timing de oportunidades de negócios, entre outros. Percebam a integração entre Qualidade, Meio Ambiente e SSO.

Para além da questão da mentalidade de risco, utilizar um Plano de Comunicação bem definido (item 7.4) para informar a organização e demais partes interessadas sobre medidas de prevenção e práticas que dificultem o contágio podem ser bastantes eficazes. Outro ponto extremamente relevante é atualizar o Plano de Atendimento a Emergências (item 8.2 da ISO45001) para considerar as medidas que vão ser adotadas caso colaboradores sejam diagnosticados com COVID-19 ou mesmo pensar em um Plano de Contingência (item 8.2.1.e) para situações em que os recursos são restritos.

Esses são apenas exemplos, mas que demonstram como os Sistemas de Gestão podem apresentar soluções que, se bem aplicadas, elevam as chances da sua organização atravessar crises evadindo impactos negativos retendo e lições aprendidas para outras situações adversas que possam surgir.

A Lato Qualitas tem em sua visão auxiliar as organizações a reduzirem seus riscos e melhorarem seus desempenhos. Consulte-nos, pois essa é a nossa especialidade.

 

Rogério A. F. Duarte
18 de março de 2020

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