O aquecimento global, a redução da biodiversidade, o esgotamento de recursos naturais como água, solo fértil e pescado são preocupações da grande maioria das pessoas e por conseguinte dos governos, empresas e consumidores.
A COP26, 26ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, foi realizada em Nov/21 em Glasgow, Escócia, com o objetivo de fechar acordos que busquem reduzir as emissões de gases de efeito estufa, de maneira a limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século, o que significaria reduzir pela metade as emissões até 2030 (com base em 2010) e zerar as emissões líquidas até 2050. Os resultados ficaram aquém do esperado, mas houve avanços importantes. O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), previsto desde o protocolo de Kyoto, que trata do Mercado de Carbono, foi regulamentado. Compromissos voluntários de redução de emissões de metano e eliminação de desmatamento ilegal foram estabelecidos. Mas financiamento para os países pobres, o fim do uso de carvão e dos subsídios a combustíveis fósseis não foram claramente estabelecidos, então o avanço até aqui não garante o resultado esperado. Novos avanços são esperados na COP27 que deverá acontecer no Egito em 2022.
Se pelo lado dos governos os avanços são lentos, pelo lado da iniciativa privada há avanços. Atualmente a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) tem sido muito divulgada. Trata-se de uma avaliação que agências de classificação atribuem a empresas, baseado em ativos intangíveis relacionados às ações que a empresa empreende no sentido da proteção ao meio-ambiente, responsabilidade social (incluindo diversidade, respeito aos direitos humanos e respeito ao cliente) e governança (“compliance”, estrutura de comando, retorno aos executivos, relacionamento com os empregados e remunerações pagas). O investidor vê menor risco nas empresas ambientalmente responsáveis, que recebem mais investimentos. Além disso, empresas de vários ramos e portes vêm investindo em energias renováveis, produtos verdes e produção mais limpa (P+L) porque veem redução de custos e oportunidades de negócios nessas iniciativas, fazendo da sustentabilidade um negócio lucrativo.
Para se adequar a essa realidade, as empresas vêm cada vez mais buscando implantar um SGA (Sistema de Gestão Ambiental) como base para evoluir na realização de seu compromisso com o meio-ambiente. O SGA fará com que a empresa formalize e divulgue sua Política Ambiental e seus Objetivos Ambientais, avalie os riscos e oportunidades, incluindo as aspectos e impactos ambientais, identifique e atenda aos requisitos legais aplicáveis e estabeleça controles adequados. A certificação ISO14001:2015 para o SGA é cada vez mais comum, e no Brasil há mais de 3000 certificados emitidos cobrindo mais de 6000 estabelecimentos, segundo pesquisa da ISO.
A Lato Qualitas pode auxiliar sua empresa a manter e melhorar o Sistema de Gestão Ambiental de sua empresa.
Autor do artigo:
Nasario A. F. Duarte