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Para que serve o MSA afinal?

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O MSA (Measurement System Analysis – Análise do Sistema de Medição) consta do requisito 7.1.5.1.1 da IATF16949:2016. Esse requisito faz menção a requisitos específicos de clientes, mas via de regra, no Brasil, o Manual AIAG MSA 4ª edição de Junho/2010 é quase sempre a referência para atendimento a este requisito.

Por exigir uma compreensão de matemática e estatística superior ao entendimento médio comum sobre esse tema, a maioria das empresas, na minha visão particular, faz o mínimo necessário para atendimento ao requisito (ou menos que o mínimo), sendo da compreensão de apenas um ou poucos colaboradores da empresa, ou o atendimento do requisito é feito apenas por subcontratados. O resultado é que a empresa não percebe ou não obtém benefícios do uso dessas ferramentas.

Para obter benefícios do uso da metodologia, é necessário entender seus princípios. O MSA tem por objetivo comprovar que o sistema de medição (SM) determinado no plano de controle será eficaz, ou seja, a medição/avaliação será justa. É necessário entender que o SM não é só o instrumento de medição, mas sim a interação dele com o observador (usuário do instrumento), com o ambiente que o cerca (temperatura, campo magnético etc.) e com o objeto a ser medido (peça). Não se confunde com calibração, na verdade a calibração do instrumento é pré-condição para os estudos. Muitas vezes o instrumento de medição/avaliação é o olho humano (e/ou o tato) nas muito frequentes inspeções visuais. Esses SMs que utilizam instrumentos que permitem detectar variações contínuas em um intervalo (ex.: um termômetro) são classificados como medidores de variáveis, e os que conseguem apenas perceber variações discretas (ex.: um P/NP ou inspeção visual), são classificados como medidores por atributos.

Muitas vezes observa-se divergências entre cliente e fornecedor sobre como medir uma determinada característica, ou aprovações/reprovações indevidas no processo. Essas situações devem ser resolvidas com a aplicação de estudos de MSA. Esses problemas podem configurar erros de repetibilidade (variações inerentes ao SM), reprodutibilidade (variações nas leituras feitas pelos observadores), falta de linearidade (respostas desproporcionais do SM para variações proporcionais do objeto), falta de estabilidade (variações das respostas do SM no tempo, quando medindo um mesmo objeto) e erros de tendência (o valor lido é sistematicamente maior ou menor que o esperado). Para cada um desses problemas há uma ou mais ferramentas possíveis de se usar.

Quando os resultados de um estudo de MSA não permitem comprovar que um SM é adequado a uma determinada utilização, ações corretivas, incluindo treinamento na utilização do mesmo, modificações do método de medição ou substituição do SM por outro devem ser realizadas. Uma vez validado o SM, não é necessário refazer o estudo até que mudanças sejam introduzidas nele.

A LQ Técnica&Gestão oferece treinamento, consultoria, assessoria e auditoria em calibração, MSA e ISO/IEC17025. Consulte-nos.

Nasario – Lato Qualitas Enga. Ltda. – Jul/23

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