Nossa sociedade consome cada vez mais energia para sustentar nossas atividades, tais como transporte, conservação de alimentos, conforto térmico, entretenimento e produção de bens e serviços. O Brasil tem 64% de sua matriz energética dependente de hidrelétricas, o que é muito bom por um lado, por ser uma energia renovável e relativamente barata, mas que por outro lado depende do regime de chuvas.
Como nos últimos anos, devido ao aquecimento global, desmatamento e outras agressões à Natureza, tem chovido menos nas proximidades dos principais reservatórios que abastecem as hidrelétricas do país, a maior parte localizadas nas regiões Sul e Sudeste, os consumidores (pessoas e empresas) passaram a pagar mais pela energia elétrica consumida e sofrem com risco de “apagão” ou racionamento de energia.
O que as empresas podem fazer para mitigar os riscos de falta de energia e contribuir com a coletividade para reduzir esses custos?
1º – Preferir equipamentos e processos de maior eficiência energética – lâmpadas de led em lugar de outras lâmpadas de tecnologia mais antiga; recuperação de energia térmica ou cinética de gases quentes (ex.: turbo de motores); aparelhos de ar condicionado com selo Procel “A”; projeto de edifícios para menor consumo de energia (iluminação natural, exaustores eólicos, iluminação e conforto térmico projetados de maneira adequada); compensação de fator de potência (banco de capacitores); moldes projetados para melhor aproveitamento da energia; etc.
2º – Gestão da demanda para redução de desperdícios – desligar lâmpadas e máquinas que não estejam sendo utilizados; computadores e impressoras em modo “standby”; abrir janela em vez de usar ar condicionado (onde possível); desligar máquinas em horário de pico; regulagem correta de equipamentos; evitar produzir refugos e retrabalhos; manutenção adequada de máquinas e equipamentos; etc.
3º – Investir em outras fontes de energias renováveis – uso de biomassa (bagaço de cana, por exemplo), energias limpas (solar ou eólica, por exemplo) ou gás natural (cuja queima gera menor impacto para o efeito estufa que o diesel, por exemplo, e é abundante no país).
Os governos, através de leis como a 10295/2001 “Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia” e Decreto Estadual (SP) 45765/2001 “Programa Estadual de Redução e Racionalização do Uso de Energia” buscam promover essas práticas dentro do serviço público e incentivar empresas a fazer o mesmo.
Investir nas possibilidades supra citadas, além de reduzir os riscos de “apagão” e racionamento de energia, poupa água nos reservatórios para outros fins e pode ser um bom negócio para as empresas, gerando economia nas contas de energia.
A LQ TÉCNICA & GESTÃO pode auxiliar sua empresa a manter e melhorar seu Sistema de Gestão Ambiental e obter os benefícios relacionados.